Arquitetura do Museu da Tolerância propõe a representação da liberdade e da ousadia
Projeto do escritório Frentes prevê a construção de um edifício de 20 mil m² em estrutura metálica e vão de 40 m no campus da Universidade de São Paulo
Na última sexta-feira (24), foi divulgado publicamente o projeto arquitetônico do Museu da Tolerância da Universidade de São Paulo (USP). O projeto desenvolvido pelo escritório Frentes propõe a representação de um "monumento à liberdade e à ousadia". "Pensamos em um edifício monumental, de acordo com a relevância do tema tratado: a Tolerância", disse a arquiteta Juliana Corradini.
O museu tem o objetivo de fornecer à sociedade os conhecimentos e resultados das pesquisas desenvolvidas no LEI e de outros centros de pesquisa nacionais e internacionais. A entrada será gratuita para estudantes e a expectativa é de receber 5 mil visitas diárias.
Ainda em fase preliminar, o projeto prevê a construção de um edifício de 20 mil m² com uma estrutura metálica. O edifício possuirá um balanço de 30 m e um vão livre de 40 m. "Criamos um edifício de generosas proporções, mas sua grandiosidade será construída pelas pessoas que o frequentarem, aproveitando sua sombra para debates ao ar livre, em contato com a natureza, cruzando o vazio pelas rampas que costuram o espaço na esperança de fechar cicatrizes incuráveis, convivendo com o outro e o diferente no hall de entrada", disse Juliana.
Ainda não há definição dos materiais que serão utilizados para o fechamento e a cobertura, mas o prédio deverá contar com proteção adequada das fachadas em relação à insolação e ventilação e iluminação naturais.
O Museu deverá ter galerias para exposições, um auditório para até 400 pessoas, duas bibliotecas, cinemateca, salas de multimídia, salas de aula, sala de convivência, além do espaço reservado para atividades do Laboratório de Estudos sobre a Intolerância (LEI) da USP.
Embora o projeto tenha sido escolhido por concurso em 2005, a apresentação oficial só aconteceu recentemente, em função da mudança do terreno onde o museu seria construído. O novo terreno fica em uma das regiões mais altas da Cidade Universitária, próximo à Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.
Segundo a arquiteta, ainda não há previsão para início ou término das obras, pois o escritório ainda está captando recursos para a contratação dos projetos básicos e executivos. O custo da obra deve ficar em torno de R$ 75 milhões.
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