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TAM pode substituir Fokker 100 por Embraer 190

7205 Views 10 Replies 7 Participants Last post by  BrunoVix
VALOR ECONOMICO
por Raquel Balarin


A TAM poderá ser a primeira companhia de aviação do país a comprar os novos jatos 190 da fabricante brasileira Embraer. A empresa anuncia no próximo mês a vencedora de uma espécie de concorrência para definir que aviões irão substituir os Fokker-100 utilizados pela companhia, que estão escalados para sair de cena a partir de 2008. A Embraer concorre com o 190 (capacidade de 98 a 106 lugares) e a Airbus, com o A-318 (107 passageiros). O Fokker 100 tem capacidade para 109 passageiros.

Uma fonte da Embraer informou ao Valor que a opção deverá ser pelo 190, jato comercial que foi certificado no terceiro trimestre do ano passado e que já representa 68,3% da carteira de pedidos firmes da fabricante brasileira. A TAM nega que o vencedor já esteja definido. "Estamos na segunda etapa da avaliação e ainda faltam mais duas, inclusive a econômico-financeira", disse Mauro Guimarães, diretor corporativo da empresa aérea, ressaltando que a decisão só será anunciada em junho.

A TAM tem hoje 22 aviões Fokker em operação. O preço de tabela de um Embraer 190 é de US$ 33 milhões. Apenas para substituir os Fokker, portanto, o contrato da TAM seria de US$ 726 milhões, caso a opção fosse pela fabricante brasileira. Procurada pelo Valor, a Embraer não quis se manifestar.

Em junho do ano passado, o presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, chegou a dizer que "com o avião de 100 assentos, não há dúvida de que a Embraer tem o melhor produto do mercado", em referência ao 190. Mas ele ressaltou, na época, que havia dois obstáculos para a aquisição do modelo: o ICMS cobrado na aquisição de aeronaves brasileiras e a necessidade de uma linha especial de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O obstáculo do ICMS foi superado em setembro, quando o então governador Geraldo Alckmin reduziu a alíquota de 4% para 0%, igualando as condições com as aeronaves importadas. O BNDES chegou a montar um grupo de estudo para criação de uma linha especial, mas o Valor apurou que a avaliação interna no banco é de que, com a queda da TJLP, hoje de 8,15% ao ano, e a elevação dos juros internacionais (a Libor de um ano, para empréstimos em dólar, está hoje em 5,4%), não há mais necessidade de um financiamento especial. O empréstimo poderia ser enquadrado no Finem (Financiamento a Empreendimentos).

"Apesar de a taxa interna ainda ser mais alta, a TAM teria de fazer uma operação de hedge (proteção) no caso de um financiamento externo porque sua receita é preponderantemente em reais. E isso é custo", informou um consultor do setor. No fim de 2005, 77,3% da receita da empresa aérea era doméstica e 17,8%, internacional, segundo dados do balanço.

O Valor apurou que a Embraer vem mantendo conversas com o BNDES para tornar viável a venda de aeronaves no mercado interno. Procurado, o banco informou apenas que não há nenhuma carta-consulta da Embraer para financiar venda de aviões à TAM.

Um dos grandes trunfos do Embraer 190 é seu menor custo operacional. Isso permitiria, segundo fonte da fabricante, que a TAM passasse a usar o avião para alimentar rotas de maior tráfego, reduzindo os chamados vôos pinga-pinga, com várias escalas.

Mas o páreo com o A 318 não é fácil. Excluindo os Fokker, todas as outras 60 aeronaves da TAM em operação são da Airbus (7 A330, 40 A320 e 13 A319). A companhia tem ainda um contrato firme de compra de 30 A320 (uma já entregue), para rotas domésticas, e de outros 10 A350, para as viagens internacionais. Ao ter um só fornecedor de aviões, a TAM pode ter uma só equipe de pilotos e de mecânicos - reduzindo custos - e um melhor gerenciamento de peças para manutenção.

A Embraer tem hoje uma carteira firme de pedidos de 341 aeronaves, no valor de US$ 10,4 bilhões, para clientes como JetBlue, dos EUA, Air Canada e até a Royal Jordanian, da Jordânia. Não há uma única venda para o Brasil. Um contrato com a TAM seria uma maneira de a empresa mostrar sua tecnologia dentro de casa, ampliando a credibilidade de seus produtos, na avaliação do consultor.

A empresa vem tentando diversificar sua base de clientes e de receitas. A aviação comercial, que no primeiro trimestre de 2005 respondia por 75,9% das receitas, teve sua fatia reduzida a 62,8%. No mesmo período, a área de jatos executivos passou de 4,2% para 10,6% e a de serviços, de 9,6% para 17%. A defesa permanece com cerca de 10%.
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^^
É Copa Airlines. É a principal cia. aérea do Panamá. :)
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