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Toshiba investe em MG

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Jornal Hoje Em Dia

Toshiba investe R$ 40 mi e admite 70 em Contagem


Augusto Franco
REPÓRTER

Três anos depois do fechamento da fábrica de transformadores em São Paulo, a Toshiba Transmissão e Distribuição do Brasil anunciou ontem que vai transferir definitivamente sua planta, antes localizada em São Bernardo do Campo (SP), para Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com a mudança, a empresa vai investir R$ 40 milhões para ampliar e modernizar a unidade. A previsão é passar dos atuais 580 para 650 empregos até 2009.
No primeiro momento, a unidade de Contagem terá um novo galpão, onde serão produzidos transformadores de distribuição e reguladores de tensão. A próxima etapa será a compra de novos equipamentos de produção e testes que deverão dar suporte ao aumento de produção. Com a ampliação, a fábrica deverá passar de 120 para 200 unidades anuais.
De acordo com o diretor comercial da empresa, Leonídeo Soares, a mudança reforça a opção do grupo por investir no Estado. Os transformadores produzidos pela Toshiba em Minas são utilizados principalmente por concessionárias de energia e grandes empresas. Entre os principais compradores atualmente estão a Cemig, Furnas e a mineradora Vale.
½Trabalhamos com equipamentos de grande porte, e o nosso investimento está fechado até 2009. No entanto, precisamos ficar atentos ao bom momento da economia e, caso haja demanda, podemos aumentar os investimentos”, destacou Leonídeo Soares. O diretor ressalta ainda que a maior parte dos novos transformadores que chegam ao mercado é voltada para a construção de novas unidades geradoras, como usinas hidrelétricas e termelétricas.
A Toshiba T&D do Brasil Ltda é uma subsidiária da Toshiba Corporation, com sede no Japão. No Brasil, a empresa fabrica transformadores, autotransformadores, reatores de derivação, reguladores de tensão, transformadores de distribuição e acessórios. Também presta serviços de assistência técnica em equipamentos de fabricação própria e de terceiros. Em 2007, a empresa faturou R$ 205 milhões e a previsão é de um crescimento em torno de 24% em 2008. Atualmente, a Toshiba T&D Ltda apura entre 25% e 30% do faturamento com exportações, tendo como principais mercados as Américas do Norte, Central e do Sul, e a África.

É de industrias mais sofisticadas que Minas precisa. Que venham fabricas.de transformadores como a Toshiba, locomotivas como a GE, carros como a Fiat, etç. Não podemos ficar só presos à indústria extrativa do ferro e siderúrgicas.
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Mas e quanto à fábrica da Toshiba para Uberlândia?
Mas e quanto à fábrica da Toshiba para Uberlândia?
Lamento, mas não ouvi falar de tal fábrica. Seria da área de máquinas agrícolas?
Um assunto eh um... O outro assunto eh outro... :crazy:
Em Uberlandia se disse que iria ser uma fabrica de eletrodomesticos... Em Contagem eh de transformadores.

:yes:
GIM,

Siderurgia emprega mais, paga mais e gera mais impostos que indústria de materiais elétricos. Não que investimentos como este não sejam bem-vindos, mas sua colocação foi bastante infeliz...

Quanto à Toshiba em Uberlândia, ela nunca nem passou perto...
GIM,

Quanto à Toshiba em Uberlândia, ela nunca nem passou perto...
De onde tirou isso? A reportagem saiu no Estado de Minas, veja:


Toshiba vai investir US$ 350 mi em Minas

Nova fábrica de eletrodomésticos da gigante japonesa será em Uberlândia. Facilidades de logística pesaram na decisão
Paulo Paiva - Estado de Minas

O governo de Minas e do Amazonas devem anunciar na quarta-feira o investimento de US$ 350 milhões da gigante japonesa Semp Toshiba no município de Uberlândia, Triângulo Mineiro. A empresa vai instalar ali uma nova linha de montagem de aparelhos eletrodomésticos.

A Toshiba, na verdade, vai inaugurar o Cluster Logístico de Uberlândia, que funcionará como entreposto da Zona Franca de Manaus. Várias cidades de Minas e dos estados de São Paulo, Goiás e Paraná, disputavam a condição de entreposto, mas a decisão por Uberlândia foi tomada durante reunião em Belo Horizonte, no final de maio, entre os governadores Aécio Neves e Eduardo Braga (Amazonas), e o prefeito da cidade, Odelmo Leão.

A implantação do Cluster Logístico vai consolidar a cidade como um pólo avançado da produção da Zona Franca de Manaus, e todas as empresas instaladas no Amazonas poderão operar no município. A assinatura do contrato entre os estados de Minas, Amazonas e o município de Uberlândia estava marcada inicialmente para o dia 19, na abertura da Feniub, com a presença dos governadores. Aparentemente, foi antecipada para quarta-feira.

Pela sua localização geográfica, Uberlândia já é considerada pólo logístico nacional. Estão ali os maiores distribuidores atacadistas do país, como o Grupo Martins, cujo faturamento anual é de aproximadamente R$ 2,5 bilhões, e o Arcom, com R$ 1 bilhão. A rede de distribuição a partir de Uberlândia atinge cerca de 200 mil pontos de venda, em 10 mil localidades do país.

Também pesou a favor do município a presença do Porto Seco do Cerrado, com infra-estrutura para atender às necessidades de importadores e exportadores. Segundo o site oficial da cidade, a principal vantagem do porto é o recolhimento dos custos fiscais de importação apenas no momento de sua efetiva retirada do local. Além disso, os exportadores podem acompanhar o desembaraço das cargas nas proximidades de suas instalações, dispensando o uso de despachantes no porto. O porto fica instalado numa área superior a 50 mil metros quadrados, no Distrito Industrial de Uberlândia.

Produtos que desembarcam no Terminal de Vila Velha, em Vitória, ou em Santos, podem ser transportados até o Porto Seco do Cerrado e nacionalizados no local. O serviço é um dos principais centros de apoio ao comércio exterior (importação e exportação) para os canais Centro Oeste/Minas Gerais-Santos e Centro Oeste/Minas Gerais-Vitória.

Acho que falta apenas a concretização do entreposto da Zona Franca de Manaus! Que será em breve!
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GIM,

Siderurgia emprega mais, paga mais e gera mais impostos que indústria de materiais elétricos. Não que investimentos como este não sejam bem-vindos, mas sua colocação foi bastante infeliz...

Quanto à Toshiba em Uberlândia, ela nunca nem passou perto...
Concordo, mas também tem um enorme passivo ambiental, social, pois ocupam imensas áreas e milhares de empregados. Alteram significativamente a região em que se instalam. Mas sou a favor de siderúgicas em Minas, parece contraditório com o afirmei atrás. Mas acho que não devemos ficar só com os buracos do minério.
Aqui em BH tinha a maior, em termos de mercado brasileiro, fábrica de raios x digitais médico. Continua em BH, mas foi comprada da familia proprietária o ano passado pela multinacional Philips, que manteve os dirigentes familiares no comando da mesma e prometeu ampliar investimentos.
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Apesar da Toshiba ter participação na Semp-Toshiba, são duas empresas diferentes...

A Toshiba, presente no Brasil como indústria de transformadores, nunca nem passou perto de Uberlândia. A Semp-Toshiba, indústria de elétro-eletrônicos, pode ser que sim...

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A indústria siderúrgica em si está altamente desenvolvida e não tem tanto passivo ambiental em si, ainda mais se o investimento for direcionado para a parte de acabamentos como laminações e galvanizados.

Empregar milhares de pessoas é um benefício, não um problema!
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Raio X da base da pirâmide

A Philips comprou no Brasil a VMI, uma fábrica de equipamentos hospitalares com a qual não conseguia competir. O que isso ensina sobre a tecnologia nos mercados emergentes?

por Eduardo Ferraz
Fotos Beto Riginik

SALA DE PROVAS A Philips quer manter a cultura empreendedora e ágil da VMI, que permite criar em Lagoa Santa, Minas Gerais, um novo aparelho de raios X em apenas cinco meses, pela metade do custo dos holandese

NEGÓCIO EM FAMÍLIA Silvia, Otávio Viegas e três filhos junto ao aparelho de ressonância magnética da empresa. Eles formam a cúpula da VMI, tomam decisões rápidas e trabalham de olho na realidade do mercado nacional

O que leva uma gigante multinacional como a Philips, que obtém um faturamento anual de US$ 36 bilhões, a passar quase dois anos negociando a compra de uma pequena empresa mineira que fatura pouco mais de R$ 40 milhões? Não, a empresa em questão, localizada em Lagoa Santa, nos arredores de Belo Horizonte, não inventou um sistema revolucionário de vendas por internet. Tampouco criou um tipo novo e extraordinário de iluminação. Na verdade, não produziu qualquer tecnologia única no mundo. O que ela tem de especial - a empresa chama-se VMI Sistemas Médicos e fabrica aparelhos de diagnóstico por imagem, como raios X ou mamógrafos - é o fato de incorporar, em pequena escala, tudo aquilo que a Philips almeja. Explica-se: em maio de 2006, Gerard Kleisterlee, presidente mundial da Philips, reuniu cerca de 150 executivos da companhia em Nova Délhi, na Índia, para informar que a partir de então a meta seria crescer por meio de uma atuação mais agressiva nos mercados emergentes. Como? Dando mais liberdade às suas subsidiárias para trabalhar de acordo com as demandas do cliente local. E a VMI com isso?

Bom, a VMI é fera num mercado emergente estratégico - o Brasil. Criada com poucos recursos em 1985, ela desafiou os grandes do setor, como a Siemens, a Hitachi e a própria Philips, e conseguiu garantir uma presença marcante em hospitais e clínicas espalhados pelo território nacional. Hoje, um em cada três aparelhos de raios X vendidos no Brasil sai da empresa mineira - enquanto a Philips manquitola com 13% de participação no segmento. Para conseguir isso, um de seus principais trunfos é a agilidade. Um exemplo? Numa sexta-feira de novembro, Silvia Carvalho - co-fundadora da empresa ao lado do marido, Otávio Viegas - está na fábrica da companhia quando recebe uma ligação no celular e conversa sobre uma cirurgia. Ao desligar, explica: "Há exatamente uma semana, um médico nos ligou dizendo que precisava urgentemente de um arco cirúrgico (aparelho que mostra imagens contínuas do interior do corpo) para uma cirurgia que seria realizada hoje", disse Silvia. "Construímos o aparelho, fizemos a calibragem e, como não dava tempo para treinar um funcionário do próprio hospital a utilizá-lo, um de nossos técnicos foi participar da operação. Quem me ligou agora foi ele, o Edson, para me dizer que a intervenção foi um sucesso."

A Philips quer aprender com esses exemplos da VMI. "Ao invés de chegar lá e impor nossa cultura, queremos criar uma blindagem e descobrir como eles conseguem atuar tão bem na base da pirâmide", diz Daurio Speranzini Junior, vice-presidente para a América Latina da divisão de Sistemas Médicos da Philips. "Se olharmos o nosso slogan, 'sense and simplicity' (bom senso e simplicidade), vemos que hoje ele combina muito mais com a VMI do que com a própria Philips." Trabalhar com a base da pirâmide significa entender que a realidade dos hospitais brasileiros é diferente daquela dos europeus e americanos. Um aparelho de raios X da VMI é vendido, em média, por metade do preço dos aparelhos importados. Um modelo compacto da VMI, por exemplo, custa US$ 140 mil. Um similar da Philips, fabricado em Hamburgo, sai por US$ 300 mil. Está certo, o modelo que vem de fora tem funções adicionais. Mas só alguns hospitais de primeira linha, como o Sírio-Libanês, de São Paulo, estão dispostos a pagar pela diferença. A grande maioria vai procurar algo mais barato que cumpra o papel. Desde que foram lançados esses dois modelos, a VMI já vendeu no Brasil 30 unidades, ante apenas uma da Philips. Além de hospitais, uma boa parte da clientela da VMI é formada por clínicas pequenas, que não teriam condições de ter aparelho próprio se dependessem de importados. Para entender os clientes emergentes, a Philips garantiu no contrato de compra, assinado em junho passado, que o casal fundador permanecesse à frente do negócio por dois anos. Tenta, assim, preservar a alma da empresa.
SALA DE PROVAS A Philips quer manter a cultura empreendedora e ágil da VMI, que permite criar em Lagoa Santa, Minas Gerais, um novo aparelho de raios X em apenas cinco meses, pela metade do custo dos holandeses


Essa alma chama-se Otávio Viegas, mineiro de 57 anos, com voz grave de barítono e um bigode de proporções iraquianas. Sua história tem ares de saga. Filho de um alfaiate e de uma dona de casa, aos nove anos de idade já tinha fama no bairro da Sagrada Família, em Belo Horizonte, por consertar rádios e outros aparelhos da vizinhança. Curiosamente, acabou tornando-se uma referência local na reparação de uma novidade que chegava ao Brasil, o Philishave, aparelho de barbear elétrico da Philips. Quando alguém chegava numa loja autorizada com um Philishave queimado, os técnicos diziam que era difícil importar a peça de reposição, mas que tinha um menino que consertava. "Era eu", diz Viegas, rindo. "Só uma criança teria paciência para desenrolar todo o fio da bobina e achar o ponto partido para soldá-lo." O caminho do menino precoce já estava traçado. Adolescente, trabalhou com o tio, Antonio Viegas, que vendia equipamentos de som, e participou da sonorização do estádio do Mineirão. A especialização em equipamentos médicos veio após a conclusão do curso de técnico eletrônico, em 1972. Ele e um outro tio, Geraldo Moreira, então funcionário da Siemens, abriram uma empresa de assistência técnica que prosperou e chegou a atuar em vários estados. Viegas comprou a parte do tio e o passo seguinte foi criar a companhia que se tornaria uma pedra no sapato das multinacionais.
A LUTA CONTINUA? Viegas sempre saúda os funcionários da fábrica erguendo o punho direito no ar. No início das grandes reuniões, o hino nacional é tocado. O espírito que imperava era "nós contra as multinacionais". Agora, a VMI é, ela mesma, internacional


Ela começou a operar num galpão alugado de 1,3 mil metros quadrados com 12 funcionários e Viegas no comando da engenharia. Para pagar o primeiro salário da turma, ele e Silvia, formada em enfermagem, precisaram vender o caminhão que tinham. Depois, vieram as dívidas bancárias. "Mas o Otávio tinha um sonho", diz Silvia. "Ele dizia que o Brasil precisava ter uma indústria própria de aparelhos de raios X." Esse viés patriótico, aliás, ainda resiste na empresa. Há cerca de 50 bandeiras do Brasil espalhadas pela companhia (e uma num broche permanentemente preso ao paletó de Viegas). Antes de cada reunião importante, todos cantam o hino nacional, ritual que se repete duas ou três vezes por mês. "É uma coisa de emocionar", diz Speranzini Junior, da Philips, que já presenciou a cena. "Os funcionários têm um espírito de grupo muito forte. São eles contra as multinacionais." Em 22 anos de história, a empresa sofreu apenas três processos trabalhistas, que ganhou. Se um empregado pede demissão e depois de alguns meses volta atrás, a VMI o reemprega. Isso já aconteceu 20 vezes. Viegas, Silvia e os três filhos que trabalham na empresa (uma outra filha cuida da pequena construtora da família) almoçam com os funcionários no refeitório, pegam fila e comem os mesmos pratos. Nesse ambiente, a saudação que Viegas faz aos 90 técnicos do chão de fábrica, ao invés de forçada, parece natural: quando passa por eles, o patrão ergue o braço direito no ar, com o punho cerrado. A turma entende o gesto imediatamente - os resultados no mercado mostram isso.
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esqueci de postar o link da reportagem acima:

http://epocanegocios.globo.com/Revista/Epocanegocios/0,,EDG80936-8381-11,00-RAIO+X+DA+BASE+DA+PIRAMIDE.html

É uma ótima reportagem sobre como estão agindo as velhas multinacionais nos novos emergentes.
^^^^Sábado 02 de junho de 2007 07:46


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Como eu disse, falta ainda a concretização do entreposto da Zona Franca de Manaus, que deve ocorrer nos próximos meses, segundo o secretário de políticas econômicas e o Governador do Amazonas, que, apartir daí, atrairia indústrias, no caso, a Toshiba já se manifestou!
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Como eu disse, falta ainda a concretização do entreposto da Zona Franca de Manaus, que deve ocorrer nos próximos meses, segundo o secretário de políticas econômicas e o Governador do Amazonas, que, apartir daí, atrairia indústrias, no caso, a Toshiba já se manifestou!
realmente a toshiba possui em Manaus uma fábrica da área eletro-eletrônica, totalmente independente da fábrica de transformadores (bens de capital) instalada em Contagem.
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^^^^Sábado 02 de junho de 2007 07:46


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Se nao me engano a fabrica da Semp-Toshiba aqui seria de produtos "brancos" ou seja, eletrodomesticos do tipo que ainda nao é produzido em Manaus. Se nao me engano, a empresa ja ate tem terreno e esta mesmo esperando o anuncio OFICIAL (apesar que ja foi anunciado oficialmente pelo secretario de fazenda do AM, o entreposto aqui na cidade) de tal cluster.
Digamos assim...pra ser mais realista, estao esperando mais pra "epoca" de eleiçao mesmo...
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