Amigos,
Aí vai mais uma proposta maluca feita por mim nos momentos de ócio.
Como alguns sabem, já estive em Curitiba e amo essa cidade, ao ponto de pensar em me mudar em definitivo para lá. Também conheço profundamente a RIT - Rede Integrada de Transporte e os desafios da mobilidade urbana na Região Metropolitana.
Nisso, venho mostrar a vocês o
Trem Metropolitano de Curitiba, uma proposta bem crua de minha autoria.
O Trem Metropolitano ligaria as cidades de Curitiba e Piraquara, passando por Pinhais e usando a antiga linha ferroviária da RVPSC (Rede de Viação Paraná-Santa Catarina), melhorando a mobilidade na porção leste da Região Metropolitana. O projeto envolve também uma nova variante ferroviária para trens cargueiros, retirando o tráfego da ALL dentro da área urbana de Curitiba.
Mapa do Trem Metropolitano
O sistema teria uma extensão de 22 Km em via duplicada e reformada, com dormentes de concreto e barreiras automáticas em passagens de nível. A bitola continuaria a ser métrica, podendo ser alargada para 1435 mm caso seja necessária para facilitar a aquisição de material rodante.
As seis estações seriam as seguintes:
- Curitiba (Rodoferroviária)
- Linha Verde, debaixo do viaduto da BR-116)
- Capão da Imbuia
- Pinhais
- Vila Privê (leste de Pinhais, próximo à rodovia para Piraquara)
- Engenheiro Coral
- Piraquara
Todas as gares teriam integração com ônibus e seriam construídas em formato simples (Pinhais e Piraquara seriam maiores, verdadeiros terminais intermodais), sendo que os prédios históricos de Pinhais e Piraquara não seriam reaproveitados. O estilo arquitetônico se assemelharia às estações de trens metropolitanos dos Estados Unidos, com roletas, bilheteria e informações úteis.
http://eddiesrailroad.blogspot.com/2012_03_01_archive.html
Os trens seriam movidos à eletricidade, reaproveitando parte de um projeto de eletrificação elaborado e executado pela RVPSC nos anos 1950 e que chegou a ser implantado (foi desmantelado em 1967). Nisso, haveria subestações modernas em Piraquara e Curitiba, fornecendo eletricidade em corrente contínua a 3 kV, com eletricidade fornecida pela COPEL.
Já as composições seriam do tipo Trem-Unidade Elétrico, com três carros cada. O trem-tipo seria semelhante ao Kinki Sharyo
313 Series da JR Central, do Japão:
http://ja.wikipedia.org/wiki/JR東海313系電車
A operação de trens seria feita entre 05:30 e 23:00, com intervalos médios de 30 minutos nos horários de vale e 10 minutos nos horários de pico. Cada trem transportaria cerca de 500 a 600 passageiros.
A linha de biarticulado Rui Barbosa-Pinhais continuaria a operar normalmente; mas, o ligeirinho Campo Comprido-Pinhais seria desativado. Em seu lugar, o usuário pegaria o trem até a Rodoferroviária e, em seguida, faria integração com o Ligeirão Oeste até Campo Comprido (outro projeto meu, que irei apresentar em breve); não estaria descartado uma rota de microônibus
shuttle desde a Rodoferroviária até a Estação Eufrásio Correia do futuro metrô.
Com o trem metropolitano, os cargueiros da ALL rodariam numa via completamente nova entre São José dos Pinhais e Banhado, aproveitando um terreno onde a RFFSA chegou a iniciar a construção de um contorno nos anos 1980.
As oficinas estariam localizadas nos prédios da antiga RFFSA, já existentes ao lado da Rodoferroviária. O trem turístico da Serra Verde Express rodaria normalmente e o trem cimenteiro da ALL desde Rio Branco operaria somente durante os horários de vale (09:00 - 15:00), por causa da sua operação dentro da área urbana.
Por ser algo ainda cru, não calculei os custos da obra. Mas, certamente, o projeto sairia mais barato que o Metrô de Curitiba, funcionando como um sistema complementar à este e ajudando a reduzir o número de ônibus na área central da capital paranaense.
E então? O que acham?