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Quem acredita que a história da capital federal se inicia com Juscelino Kubitschek na década de 1950, quando a cidade começou a ser construída, como pregam os livros, está errado. A trajetória do DF e Entorno data de 4.500 anos atrás.
As provas são os relatos da expansão do Brasil Central por meio da excursão do Anhanguera, Bartolomeu Bueno da Silva, e de inscrições rupestres localizadas em sítios arqueológicos da região. Com o intuito de divulgar as verdadeiras origens da civilização, cultura e fatos do Planalto Central, os irmãos Gustavo e Eduardo Chauvet decidiram buscar apoio e consolidar o projeto Caminho do Anhanguera.
O projeto visa desenvolver o turismo sustentável histórico e ambiental do Centro-Oeste, além da educação. «Nas escolas, os livros contam a história apenas do ponto de vista do litoral e deixam de fora fatos importantes para o conhecimento das origens da população e grandes heróis nacionais como o Anhanguera», conta Gustavo.
Após quatro anos de pesquisas, estudos e visitas, o projeto começa a se concretizar. A iniciativa chegará as escolas a partir de agosto, com excursões semanais programadas para sítios arqueológicos em cidades como Taguatinga, Planaltina e Formosa (GO).
«O território onde hoje é Brasília, já pertenceu à Espanha, pelo Tratado de Tordesilhas. Após a descoberta do ouro em Minas Gerais, Anhanguera decidiu expandir o território português e no século XVIII fez expedição para o Brasil Central.
Naquela época, 1722, índios ocupavam o terrenos que JK e muitos outros pregavam ser terra de ninguém, um grande e vazio cerrado», revela Eduardo. Bandeirantes e índios foram responsáveis por povoar a região, onde hoje ficam as cidades de Formosa, Luziânia, Planaltina, Pirenópolis, Corumbá, Niquelândia, Jaraguá, entre outras.
Durante o trabalho, foram encontradas escrituras rupestres, em Taguatinga, com mais de 10 mil anos. A cerca de 100 quilômetros da capital, na toca da Onça, em Formosa, é possível encontrar um sítio arqueológico, que remete a um período em que sequer o Brasil havia sido descoberto.
Gustavo e Eduardo relatam uma infinidade de fatores da pré-história que contrastam com a cidade símbolo da modernidade com obras do arquiteto Oscar Niemeyer, do urbanista Lúcio Costa e do artista Athos Bulcão.
Todas elas serão contadas em 48 vídeos de 12 minutos de duração cada, que serão divulgados em bibliotecas públicas, cinemas em praças públicas e nas escolas.
«Queremos fazer convênios com os governos Federal e Estadual, além de parcerias privadas para o projeto e a inserção do Brasil Central no roteiro do turismo histórico e ambiental do país», explica Gustavo. Também são beneficiados estudantes universitários de diversos cursos como Turismo, Geografia, História e Letras, que participam de cada etapa do projeto.
Fonte: Jornal Hoje em dia Caderno Brasília edição 25/05/2008
As provas são os relatos da expansão do Brasil Central por meio da excursão do Anhanguera, Bartolomeu Bueno da Silva, e de inscrições rupestres localizadas em sítios arqueológicos da região. Com o intuito de divulgar as verdadeiras origens da civilização, cultura e fatos do Planalto Central, os irmãos Gustavo e Eduardo Chauvet decidiram buscar apoio e consolidar o projeto Caminho do Anhanguera.
O projeto visa desenvolver o turismo sustentável histórico e ambiental do Centro-Oeste, além da educação. «Nas escolas, os livros contam a história apenas do ponto de vista do litoral e deixam de fora fatos importantes para o conhecimento das origens da população e grandes heróis nacionais como o Anhanguera», conta Gustavo.
Após quatro anos de pesquisas, estudos e visitas, o projeto começa a se concretizar. A iniciativa chegará as escolas a partir de agosto, com excursões semanais programadas para sítios arqueológicos em cidades como Taguatinga, Planaltina e Formosa (GO).
«O território onde hoje é Brasília, já pertenceu à Espanha, pelo Tratado de Tordesilhas. Após a descoberta do ouro em Minas Gerais, Anhanguera decidiu expandir o território português e no século XVIII fez expedição para o Brasil Central.
Naquela época, 1722, índios ocupavam o terrenos que JK e muitos outros pregavam ser terra de ninguém, um grande e vazio cerrado», revela Eduardo. Bandeirantes e índios foram responsáveis por povoar a região, onde hoje ficam as cidades de Formosa, Luziânia, Planaltina, Pirenópolis, Corumbá, Niquelândia, Jaraguá, entre outras.
Durante o trabalho, foram encontradas escrituras rupestres, em Taguatinga, com mais de 10 mil anos. A cerca de 100 quilômetros da capital, na toca da Onça, em Formosa, é possível encontrar um sítio arqueológico, que remete a um período em que sequer o Brasil havia sido descoberto.
Gustavo e Eduardo relatam uma infinidade de fatores da pré-história que contrastam com a cidade símbolo da modernidade com obras do arquiteto Oscar Niemeyer, do urbanista Lúcio Costa e do artista Athos Bulcão.
Todas elas serão contadas em 48 vídeos de 12 minutos de duração cada, que serão divulgados em bibliotecas públicas, cinemas em praças públicas e nas escolas.
«Queremos fazer convênios com os governos Federal e Estadual, além de parcerias privadas para o projeto e a inserção do Brasil Central no roteiro do turismo histórico e ambiental do país», explica Gustavo. Também são beneficiados estudantes universitários de diversos cursos como Turismo, Geografia, História e Letras, que participam de cada etapa do projeto.
Fonte: Jornal Hoje em dia Caderno Brasília edição 25/05/2008